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Texto da Luli:

Acredito que não sou a única, mas apenas mais uma, querendo mostrar o outro lado da história. Pensei em enviar e-mails para o colunista Paulo Santana, afinal é ele que está denegrindo a imagem dos pit bulls, porém eu tenho certeza que ele não os leria, e ainda citaria em suas crônicas que tem recebido toneladas de e-mails sobre o assunto. Por essa razão eu preferi escrever diretamente para o jornal.
Minha família assina ZH a anos, e confesso que nunca fui admiradora dos escritos desse colunista, mas como a liberdade de expressão é livre nesse país, nunca me senti no direito de reclamar do que ele redigia.
Agora, entretanto, ele passou dos limites. Acusar uma raça inteira de cães sem a mínima pesquisa em meio público e de tamanha circulação deveria ser proibido... Censura? Talvez até pareça que estou propondo isso, mas eu chamaria de bom senso. Acho que todos já devem ter escutado a expressão "o pior cego é aquele que não quer ver", e me aproveito desta para me dirigir ao Paulo Santana. Se ele se informasse com criadores responsáveis da raça, se ele buscasse saber mais sobre esse cães, ele veria que eles não têm índole violenta. É Inegável que são animais de muita força, principalmente quando caem nas mãos de donos irresponsáveis que forçam filhotes a carregarem pesos incríveis, mas dizer que eles são furiosos e assassinos seria fantasiar algo que não existe.
Pergunto aqui que raça Paulo Santana acha mansa, e proponho que tratem um cão dessa raça com pouca alimentação, pouco espaço, muita exploração e na base da violência, enquanto eu trato um pit bull com espaço, alimento, carinho e limites. Então veremos qual deles é o violento. Ser pit bull não significa ser agressivo. A questão é que agora virou "moda" usarem tal raça para rinhas, onde o cachorro mais feroz é o vencedor. Posso afirmar com toda a certeza do mundo que o cachorro é o reflexo da forma como é criado.
Por favor, o homem humilha e escraviza todos aqueles que considera inferiores, polui rios, desmata florestas, destrói até o mundo em que vive, e ele é o grande responsável pelas atitudes desses cães. Se formos considerar alguma raça perigosa temos que, antes de tudo, olharmos para a raça humana.