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quinta-feira, abril 14, 2005

Delegado fala sobre caso da cadela Preta

O delegado da 1ª Delegacia de Polícia (DP) de Pelotas, Osmar dos Anjos, concedeu ontem entrevista coletiva para revelar detalhes sobre o caso da cadela Preta, morta no início de março depois de ser amarrada ao pára-choque de um carro e arrastada por cinco quadras no centro da cidade. O caso ganhou os noticiários e tem gerado grande repercussão nacional e até mesmo internacional. Mais de uma pessoa será indiciada pelo crime.

O delegado confirmou que três suspeitos já foram identificados e ouvidos, mas negaram a autoria do crime. O carro de um deles foi apreendido e será submetido à perícia técnica até o final desta semana. Os nomes dos suspeitos seguirão sendo mantidos em sigilo pela polícia, sob alegação de não prejudicar as investigações.

Esforçando-se para dissipar os boatos que acusam a polícia de omitir a identidade dos envolvidos para protegê-los, o delegado Dos Anjos foi enfático ao defender a seriedade da investigação. "É preciso deixar claro que não existe filhinho de rico ou pobre que possa barrar a nossa atuação, o que não queremos é incorrer no erro do pré-julgamento, pois não podemos condenar alguém sem provas consistentes", declarou.

O INQUÉRITO

Em sete dias de investigações (o caso ocorreu em 9 de março, mas foi registrado somente no dia 4 de abril) a equipe da 1ª DP já ouviu dez pessoas e até o final desta semana deve tomar o depoimento de pelo menos mais cinco. Além do carro, apreendido no final de semana, foram também recolhidas pela polícia uma corda e outros objetos que podem ter relação com a história. "O inquérito deve ser fechado no prazo legal de 30 dias, mas já posso adiantar que haverá indiciamento de mais de uma pessoa", disse o delegado. De acordo com a Lei de Crimes Ambientais (9.605 de 12/02/1998) os autores do crime podem ser condenados a uma pena variável entre três meses e um ano de prisão.Osmar dos Anjos ressaltou, ainda, que o caso integra a lista de prioridades dos cinco investigadores da 1ª DP, que possui 15 mil inquéritos. O grande espaço de tempo transcorrido entre a morte da cadela e o registro da ocorrência tem sido o principal empecilho enfrentado pelos investigadores para encontrar provas que liguem os suspeitos ao caso.

MANIFESTAÇÃO

No sábado, uma passeata deverá sair da esquina das ruas Tiradentes e Gonçalves Chaves em protesto pela morte da cachorra Preta e pedindo punições mais severas para aqueles que maltratam animais. A passeata está marcada para as 14h. No domingo, a partir das 10h, uma nova manifestação será realizada na avenida Bento Gonçalves, coordenada pelo administrador do Canil Municipal, Arnaldo Surdina, e representantes de um grupo de voluntários de proteção aos animais. O objetivo da manifestação é pedir respeito e amor aos animais e exigir mais rigor na legislação para a punição dos culpados.

fonte: Diário Popular do dia 14/04/2005