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segunda-feira, abril 18, 2005

Pedido de justiça vai às ruas

No final de semana, centenas de pessoas participaram de manifestações em Pelotas e em Porto Alegre
A morte da cadela Preta, amarrada a um carro e arrastada pelas ruas de Pelotas até a morte, comoveu milhares de pessoas, gerando manifestações neste final de semana na cidade da Zona Sul e em Porto Alegre.
Por meia hora, Catarina Vieira Rodrigues, 82 anos, esqueceu a inflamação nas veias das pernas e a pressão alta que tornam caminhadas proibitivas.
Quase arrastada por Cida - uma fila de estimação de 60 quilos -, e vestida em tons de luto, Catarina deixou sua casa no bairro Cidade Baixa e se juntou a dezenas de pessoas que protestaram ontem à tarde em Porto Alegre pela morte de Preta.
- Tenho problemas para caminhar, mas quando soube da passeata fiz questão de vir de qualquer jeito. O que fizeram foi uma barbaridade - comentou Catarina, ao se juntar ao grupo de cachorreiros que portavam cartazes e gritavam "Eta, eta, eta, justiça para Preta", no Parque Farroupilha.
Catarina tem fortes razões para amar os cães. Viúva, morando sozinha, a idosa encontrou na cadela Cida a companhia que faltou após a morte do marido.
- A Cida apareceu recém-nascida na minha casa da praia há 10 anos. Estava com muito frio, quase morta. Eu a curei, e hoje ela é minha parceira de todas as horas. Tem babá e até dorme comigo todas as noites na minha cama - comentou Catarina.
A passeata na Capital foi organizada pela pedagoga Aletea Kurtz, 30 anos, dona de sete gatos e de uma cadela, que convocou amigos pelo telefone e via Internet a partir da sexta-feira.
- Mataram a Preta simplesmente por diversão - lamentou.