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segunda-feira, abril 18, 2005

Protesto durou duas horas em Pelotas

Entre gritos de ordem e latidos, os pelotenses protestaram, no sábado, pela morte de Preta. A história da cadela prenha serviu de motivação para mobilizar centenas de pessoas. A maioria levou seu animal de estimação.
A manifestação se estendia por mais de quatro quadras. Enquanto cumpria o percurso feito pelo veículo que matou Preta, o público pedia paz e justiça e gritava o nome da cadela. A cidade parou para ver o protesto. Em portas, janelas e calçadas, moradores exibiam seus bichinhos no colo ou em coleiras. Foi como se Pelotas quisesse se desculpar pela atrocidade.
- Meu cão, o Antônio Carlos, é como se fosse um membro da família. Dorme comigo e come sobremesa. Não consigo entender como alguém pode ter tido coragem de fazer tamanha atrocidade - disse a pelotense Mirta Cardoso, com o cachorro no colo, vestindo uma coleira com a palavra justiça.
Grupos de diferentes cidades gaúchas participaram da caminhada, que durou quase duas horas e se encerrou na Praça Coronel Pedro Osório com um minuto de silêncio, o Hino Nacional e a oração de São Francisco de Assis.
Polícia não divulga nomes dos envolvidos
- Queremos que este caso sirva de exemplo. Os animais têm direitos que precisam ser respeitados - afirmou a presidente da Associação Protetora dos Animais de Canoas, Eliane Tavares.
Para a advogada Fáride da Costa Pereira, de Porto Alegre, é preciso fazer algo para barrar atos de brutalidade contra os bichos. O caso Preta seria o momento de questionar se as leis do país estão sendo cumpridas.
- Viemos chorar pela Preta, pedir que sua morte sirva para evitar outros casos de maus-tratos e alertar à sociedade para denunciar essas atrocidades - destacou Fáride.
Na semana passada, a polícia informou que indiciará três suspeitos por crime ambiental. Um carro e uma corda foram apreendidos. Os nomes dos envolvidos não estão sendo divulgados pela polícia.
(
caroline.torma@zerohora.com.br )