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segunda-feira, julho 04, 2005

Polícia: Definida pena para dois acusados de maus-tratos contra a cadela Preta

Fonte: DP http://www.diariopopular.com.br/01_07_05/gq300601.html

Um acordo entre o Ministério Público (MP) e a defesa definiu ontem a pena de dois dos acusados de maus-tratos contra a cadela Preta, arrastada presa ao pára-choque de um carro, em março, no centro de Pelotas. Os estudantes Fernando Carvalho, 22 anos e Marcelo Schuch, 21 anos, vão pagar multa de R$ 5 mil cada e prestar serviços semanalmente à comunidade durante um ano. A audiência de transação penal foi marcada por forte esquema de segurança e manifestações de defensores dos direitos dos animais (veja matéria nesta página). O terceiro suspeito, Alberto Conceição da Cunha Neto, 21 anos, vai ser indiciado por crime ambiental e se considerado culpado, pode pegar de três meses a um ano de detenção e multa. Os antecedentes do estudante por porte ilegal de arma e maus-tratos contra animal (a morte de uma cadela boxer a tiros na praia do Laranjal em 2003) foram os argumentos do promotor Paulo Charqueiro para não estender a Cunha a proposta de transação penal.Os R$ 10 mil, pagos em três parcelas mensais, vão beneficiar o Canil Municipal. Já o local em que será prestado o serviço à comunidade deve ser definido em 30 dias. A sugestão do MP, de que as oito horas semanais sejam cumpridas no próprio canil ou no Biotério da Universidade Federal de Pelotas (UFPel) encontrou resistências.O advogado Renato Varotto, que defende Carvalho e Schuch, argumentou, na audiência, temer pela segurança dos clientes, que teriam sofrido ameaças em Pelotas. Em 30 dias a defesa vai sugerir duas entidades em Piratini e Santa Vitória do Palmar (municípios em que os dois vão morar) para que cumpram a pena.Se a sugestão não for aceita pelo MP e pelo juiz, José Antônio Dias da Costa Moraes, do Juizado Especial Criminal (JEC), a prestação de serviços ocorrerá em Pelotas. O promotor Charqueiro adiantou que pela natureza do crime a pena dos estudantes deve beneficiar entidades que trabalham na área de preservação ambiental.O quarto suspeito de envolvimento no Caso Preta, Marcelo Oliveira D`Ávila, 23 anos, vai responder a processo por falso testemunho. Ele teria mentido à polícia para tentar inocentar os três amigos. RepercussãoLíder das manifestações por justiça pela morte da cadela de rua a dona de pet shop Michele Silva, 29 anos, encurtou a conversa ao analisar o resultado da audiência de transação penal. "É o que está decidido. Não podemos opinar", limitou-se a dizer.

Polícia: Advogado vai aguardar a denúncia

O advogado Henrique Boabaid, que representa o estudante Alberto Conceição da Cunha Neto, 21 anos, informou que aguarda a denúncia do Ministério Público (MP) para decidir se ingressa com algum recurso. "Como não se entrou na questão da culpabilidade, acredito que meu cliente também poderia ter recebido a oferta de transação penal", opinou.Para Boabaid a continuidade do processo vai ser um sofrimento a mais para o estudante. "Ele deixou de cursar a universidade, foi suspenso. Não pode mais sair à rua por causa de toda a exposição que sofreu. Vai ter até que fixar residência em Arroio Grande depois do que aconteceu", relatou.

fonte: DP http://www.diariopopular.com.br/01_07_05/gq300603.html

Polícia: Manifestações e forte aparato policial

Fonte: Diário Popular de 1/7/05 (http://www.diariopopular.com.br/01_07_05/gq306002.html)

O Foro de Pelotas permaneceu sob forte aparato policial durante a audiência. Desde as primeiras horas da manhã 20 homens do Pelotão de Operações Especiais (POE) da Brigada Militar (BM) se mantinham a postos junto ao prédio.A entrada dos estudantes foi tranqüila. Para driblar os manifestantes o carro que trouxe os acusados chegou ao Foro duas horas antes de começar a audiência. Quando o primeiro grupo de defensores dos direitos dos animais apareceu já fazia uma hora e meia que os três estavam dentro do prédio.Às 8h45min uma carreata, que saiu do centro da cidade, chegou ao Foro. Com buzinas abertas, faixas, cartazes e adesivos com pedidos de justiça nos carros dezenas de ativistas se colocaram em frente ao prédio. Mototaxistas com letras coladas nas motos para formar a palavra Preta foram usados para engrossar a manifestação.Com a entrada do Foro guarnecida pela BM os manifestantes permaneceram em vigília. "Hoje vamos ver a cara deles", gritavam os mais exaltados. O 4º andar, onde fica o Juizado Especial Criminal (JEC), foi isolado com policiais postados junto às portas e entradas de elevadores. O acesso da imprensa à audiência foi restrito. Somente repórteres puderam entrar (fotógrafos e cinegrafistas foram barrados).A saídaSe a estratégia de chegar duas horas mais cedo funcionou para driblar os manifestantes na entrada, na saída o carro que levava os estudantes não teve outra alternativa senão passar pelo cordão humano formado pelos ativistas nos dois únicos acessos ao estacionamento do Foro. Às 9h40min, escoltados pela polícia, os acusados deixaram o prédio em meio aos gritos de "assassinos, assassinos". Menos de dez minutos depois um novo tumulto marcou a saída de familiares de um dos acusados, também recebidos com gritos de "assassinos", pelos manifestantes que chegaram a bater na lataria do carro.AgressãoQuando os estudantes já haviam deixado o Foro e tudo se encaminhava para acabar sem atritos mais graves, um desentendimento entre a organizadora da manifestação, Michele Silva, 29 anos e a professora Solange da Cunha, 52 anos (mãe de um dos acusados) voltou a tumultuar a saída do Foro.Michele alegou ter sido atacada. "Ela me agarrou e disse 'eu só queria te conhecer'. Me senti ameaçada e me defendi", justificou. A professora registrou ocorrência na Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento (DPPA) onde acusou a ativista de agressão.